Mackenzie monta equipe para acompanhar preparação dos alunos de Arquitetura para o Enade
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, nomeou um grupo que vai propor e acompanhar a preparação dos alunos de Arquitetura e Urbanismo para o próximo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O objetivo é repensar o modo pelo qual a prova é encarada na instituição. Também não estão descartadas mudanças na grade horária e no conteúdo programático do curso.
A graduação em Arquitetura do Mackenzie teve desempenho insatisfatório em avaliação do Ministério da Educação (MEC) feita em 2011 e entrou numa relação de 38 cursos que tiveram a autonomia suspensa – não poderá, por exemplo, ampliar o número de vagas no vestibular ou oferecer o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
De acordo com os indicadores divulgados pelo MEC, a baixa performance dos alunos no Enade e problemas de infraestrutura são dois dos principais fatores que contribuíram para o curso do Mackenzie ter tirado nota 2, numa escala de 1 a 5, no Conceito Preliminar de Curso (CPC).
Segundo o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da universidade, Valter Caldana, a equipe destacada para planejar a participação no Enade de 2014 contará com alunos e professores. Ele diz que o curso teve um “resultado atípico” na prova de 2011 e tomará medidas para que o desempenho melhore. “Se isto significar a necessidade de alterações na grade horária, elas ocorrerão. Se significar alteração de conteúdo programático, também”, afirmou, por e-mail, ao Estadão.edu.
Caldana, que está em Paris, disse que serão implantadas “políticas de valorização da participação dos alunos” no Enade. Em 2011, a prova foi alvo de boicote de parte dos estudantes porque caiu na semana seguinte ou próxima à entrega dos trabalhos de conclusão de curso. “Os finais de semana são importantes para fazer os projetos, especialmente para quem faz estágio”, afirmou na quarta-feira o estudante Miguel Lima, presidente do diretório acadêmico da faculdade na época do Enade. Ele negou que houve boicote “organizado e coletivo” ao exame.
Para o diretor da FAU, “se houve falta de empenho por parte de alguns alunos em função do calendário de entrega de trabalhos, esta é uma lição que deveremos aprender e assimilar, como tantas outras decorrentes da prova de 2011″…
Estadão.com.br: 11 de janeiro de 2013
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