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Carta da ABEA Contra o Ensino a Distância para Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Carta da ABEA Contra o Ensino a Distância para Graduação em Arquitetura e Urbanismo

APRENDER ARQUITETURA E URBANISMO À DISTÂNCIA NÃO FUNCIONA

“Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço…”
Lúcio Costa

PDF: Carta da ABEAA ABEA – Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo, entidade civil de livre associação fundada há mais de 40 anos com enfática atuação e contribuição no aperfeiçoamento constante do ensino de arquitetura e urbanismo, inclusive buscando novos métodos, modelos e ferramentas pedagógicas, vem manifestar publicamente sua enorme preocupação e peremptória discordância com a criação de Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo na modalidade EaD.

Arquitetura e Urbanismo é um ofício que, da mesma forma que a Medicina e o Direito entre outras importantes profissões, tem seu exercício regulamentado por relacionar-se com a preservação da vida e bem-estar das pessoas, da segurança e integridade do seu patrimônio, e da preservação do meio ambiente. Por isso mesmo exige, em sua formação, acompanhamento não somente presencial, mas de forma muito próxima em atelieres, laboratórios, canteiros experimentais e outros espaços vivenciais, em uma relação professor-aluno bastante reduzida, o que definitivamente não pode ser alcançado em cursos oferecidos totalmente a distância.

A ABEA reconhece que avanços na área de ensino a distância são importantes e se propõe a participar de um amplo debate público sobre seu alcance e suas limitações nas áreas de conhecimento que exigem formação teórico-prática e que podem ensejar risco à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente.

Em Arquitetura e Urbanismo, o espaço físico adequado é parte do processo de ensino e favorece o aprendizado. Se dar sentido a espaços (físicos e reais) é o dever de ofício, como fazê-lo na virtualidade? Como aceitar que a relação professor/aluno presencial não seja importante, que a virtualidade basta? Qual seria, então, o sentido da construção física, real e material dos espaços?

A ABEA sempre discutiu novas ferramentas de linguagem e expressão, entre outros recursos tecnológicos. Defendemos os princípios contidos no documento Perfis & Padrões de Qualidade que além de tratar das questões relacionadas ao Projeto Pedagógico dos Cursos e ao corpo docente, enfatiza a qualificação das condições físicas e espaciais dos ateliês e salas de aulas dos cursos de Arquitetura e Urbanismo. São espaços específicos, mas plurais, que permitem o exercício de diferentes formas de linguagem, expressão, práticas, pesquisa, concepção e desenvolvimento que fomentam o processo criativo. O Ateliê de Arquitetura e Urbanismo é o espaço facilitador da construção coletiva do conhecimento, é o espaço que permite a integração professor/aluno e aluno/aluno.

A ABEA entende que o convívio presencial é fundamental para a vivência e o questionamento do próprio espaço.

Assim, a ABEA vem conclamar as entidades, os professores, os estudantes e a sociedade civil a participar desse debate e solicitar dos organismos reguladores do ensino a suspensão imediata do funcionamento dos cursos de Arquitetura e Urbanismo à distância.

Acesse aqui o PDF da Carta da ABEA.


Leia também
a Manifestação do CAU/BR sobre o Ensino a Distância em Arquitetura e Urbanismo

24 thoughts on “Carta da ABEA Contra o Ensino a Distância para Graduação em Arquitetura e Urbanismo

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      Impossível apreender arquitetura a distância, se fisicamente ja é difícil, eu imagino, a distancia?! Se torna impossível! Arquiteta Regiane Aguiar de Castro

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      E.A.D. para cursos de arquitetura e urbanismo será a pá de cal em nossa profissão já tão aviltada pelo mercado imobiliário e pela própria mercantilização do ensino. Precisamos nos unir para dar um basta nessas empresas que só visam ao lucro e pouco se importam com a formação do arquiteto e urbanista.

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      .
      prezados colegas

      eu acho que falta um pouco mais de inteligência computacional aos colegas que escreveram o referido texto. o mundo já é digital. mas o ensino da arquitetura ainda está nos tempos dos faraós. obviamente que nem tudo pode ser em modo distanciado. não. claro que ainda é necessário chegar a bauhaus. algum estudante já construiu uma parede ? é necessário a experiência táctil, dos bits aos átomos. o ensino de arquitetura deve ser mediada por todos os recursos disponíveis. descobri que a educação é a última a mudar. cuidado seus alunos já sabem disto. lamentável que uma organização como abea assine um artigo assim. pois já temos experiências em medicina, engenharia, seja na área de ciências exatas, médicas ou humanas. que tal reler o livro [ Negroponte, Nicholas (1999). Being Digital. New York: Knopf ]. então tudo isto é conversa para boi dormir.

      alexandre b macedo
      abmac@ufpe.br
      .

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      sou a favor deste conteúdo

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      Mas outro GOLPE na nossa profissão, cuja sobrevida acho extremamente a perigo nas próximas décadas, se não se tomar uma atitude definitiva, contra aprendizes de feiticeiro que pouco ou nada sabem do exercício profissional, querendo transforma-la numa discussão pseudo-erudita sobre a analise do sexo dos anjos….e ai – como Donald Trump- não há o que reclamar….o estrago já estará feito…quem viver..vera…

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      Impossível o entendimento do espaço sem o convívio e aproveitamento do mesmo. O arquiteto precisa do convívio, contato com espaço físico! É preciso sentir e interagir com o meio. Aceito que matérias teóricas sejam aplicadas virtualmente mas é imprescindível que projetos e relacionamento com ambientes sejam presenciais!
      Eu digo não ao aprendizado 100% virtual!

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      O simples fato de os 466 cursos de Arquitetura existentes no Brasil serem 100% presenciais nao significa automaticamente que todos estes cursos tem qualidade e estrutura para estarem operando. Mas o assunto aqui eh EaD (Ensino a Distância) e nao o reconhecimento e avaliação dos 466 cursos de Arquitetura presenciais existentes no Brasil.
      Eh perfeitamente possível de se ensinar Arquitetura usando metodos e tecnologias EaD. Eu ofereci uma disciplina optativa para os alunos de graduação do curso de Arquitetura da UFES em 2007 que tratava exatamente deste assunto. Como projetar e gerenciar projetos em equipes multi-disciplinares usando ferramentas online.
      O mercado mudou, a profissão mudou, novas habilidades se tornaram obrigatórias para a prática da profissão no mundo globalizado mas no entanto a formação do Arquiteto no Brasil tende a de apegar a um mundo de prática profissional idealizado que absolutamente nao tem chance de continuar sobrevivendo.
      A grande pergunta nao eh se EaD pode ser usada no ensino de Arquitetura, mas sim quem vai ser capaz de ensinar usando EaD de forma efetiva, e de que forma o uso de ferramentas e metodos EaD devem e vao impactar (para a melhor) a formação dos Arquitetos no Brasil.
      Se o uso de EaD no ensino de Arquitetura for efetivo, inevitavelmente os cursos presenciais serão comparados aos cursos EaD e terao que se adaptar. Adaptação esta que nao sera nem superficial, nem rápida e nem sem muitos conflitos. Conflitos estes gerados em grande parte pela necessidade de atualização (em EaD e em prática profissional) por parte de uma considerável parcela dos que hoje atuam no ensino de Arquitetura.
      Uma questao importante a se considerar eh que o investimento necessario (treinamento, instalacoes, hardware e software) para tornar EaD efetiva no ensino de Arquitetura eh alto e muito provavelmente seria proibitivo no Brasil. Se, hipoteticamente, cursos presenciais conseguem se manter abertos em condições longe das condições mínimas que se espera, podemos esperar que certas instituições de ensino, também hipoteticamente, abram cursos EaD com condições também longe do que se espera.
      O simples fato de um curso ser presencial, semipresencial ou a distância nao implica que o mesmo eh bom ou ruim. Eh inevitável a evolução da prática profissional do Arquiteto e que esta mesma evolução nos leve a buscar novas formas de conhecer, de aprender, de ensinar e de sobreviver no mercado.
      Various Arquitetos de fama internacional ja apontaram para o fato atual da perda da importância do Arquiteto no mercado (ex Tadao Ando). O RIBA também já apontou para a decadência da profissão. Os precos cobrados pelos Arquitetos estão caindo, e a importância e a influência que os Arquitetos ja tiveram diminui mais a cada dia.
      E a culpa eh, em grande parte, da formação idealizada e romântica, dissociada da realidade do mundo globalizado.
      Se as escolas nao mudarem rápido as mesmas correm o risco de formarem profissionais capazes de apenas trabalharem dentro de circunstâncias muito particulares e dentro de certos nichos de mercado.
      A introdução séria e efetiva de EaD na formação do Arquiteto caminha de mãos dadas com a natural evolução dos conteúdos que sao ensinados em cursos de Arquitetura.
      A alternativa para a nao-evolucao eh somente uma: extincao.

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      se existir curso a distancia, então deveremos ter um exame de ordem na conclusão do curso…pq só assim, poderemos filtrar os profissionais mau formados.

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      Exame de ordem abrangente e estágio obrigatório de qualidade e supervisionado (estágios fiscalizados pelo CRA) já deveriam ser obrigatórios no Brasil desde antes do início desta explosão no número de cursos.
      Exame de ordem e estágios sérios são fundamentais, a não ser que se acredite que todos os 466 cursos de Arquitetura do Brasil tenham mesmo a qualidade mínima que se espera.
      Aqui no Canadá um candidato a Arquiteto tem que terminar a graduação e estagiar por um ano ou dois antes de poder fazer o exame de ordem que dura 3 dias.
      Se formar Arquiteto no Brasil é muito fácil e o mercado já foi inundado por profissionais com formação questionável. Com EaD ou não, algo tem que ser feito urgentemente.

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      Como ex-professora, entendo que as necessidades que a carta coloca como premissas: “atelieres, laboratórios, canteiros experimentais e outros espaços vivenciais, em uma relação professor-aluno bastante reduzida” já não são absolutamente presentes na maior parte dos cursos particulares, especialmente daqueles de preços mais populares. Nestes cursos já há uma relação de 50 a 100 alunos por professor, a carga horária realmente presencial é de 3 horas/dia, não há ateliês, nem canteiros experimentais e nem tempo ou orientador para isso… Grande parte dos alunos passa o curso todo sem produzir um único projeto individual, pois o professor não consegue dar atendimento ou avaliação individual para todos….

      A pesar de não ser a favor de ensino a distância de arquitetura, por entender que é riquíssimo o convívio e trocas em ambiente produtivo e criativo presencial, pode ser que um bom curso a distância seja, até melhor, que um curso ruim presencial…

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      Não podemos confundir a percepção sobre o âmbito disciplinar (dos componentes curriculares) e a evolução necessária entre a fundamentação e a consolidação de habilidades e técnicas projetuais.

      Não parece haver dúvidas de que o estudante de arquitetura e urbanismo deve dominar múltiplas capacidades instrumentais e comunicacionais até que esteja minimamente preparado para articular conteúdo teórico e capacidade propositiva na qualificação do espaço construído, quando estaria apto a receber seu registro no CAU/BR.

      Componentes em EaD precisam, profunda e verdadeiramente, fazer parte do processo de ensino e aprendizagem contemporâneo, mas também devemos priorizar o entendimento da arquitetura e urbanismo no que se extrapola da vivência pela convivência.

      A partir da preponderância de experiências coletivas e pluralistas de uma realidade espacial, devemos exigir e trabalhar pela qualidade da formação profissional tanto na forma presencial quanto na modalidade promovida por tecnologias educacionais diversas, em equilíbrio apropriado à formação teórico-prática de nossa profissão.

      A ABEA recomenda o uso amplo de suportes tecnológicos em apoio aos cursos presenciais, bem como quaisquer outros meios que estimulem os alunos ao uso das novas tecnologias e os incentive a desenvolver outras maneiras de projetar.

      A ABEA se opõe, enfaticamente, à maneira em que um modelo de educação possa se sobrepor ao outro na integralidade da graduação acadêmica, neste momento histórico em que esse equívoco pode ser contextualizado por interesses econômicos que se confundem com méritos pedagógicos, sob o risco de comprometermos o trabalho de futuros arquitetos e urbanistas e atrasarmos ainda mais a qualidade do crescimento, manutenção e recuperação de nossas cidades.

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      Aqueles que conhecem Literatura Medieval sabem da comprovação de que a figura do professor proporciona 27% a mais de assimilação.
      A proposta de ensino por meio do espaço imaterial dos meios técnicos da comunicação, ou espaço virtual desmaterializado da era tecnológica, é o espaço da ausência, um espaço da falta, ou espaços de tempos invisíveis, que vão além da experiência física.
      O ensino de Arquitetura e Urbanismo, assim como a Medicina e demais cursos que preparam o profissional para atuar no OFÍCIO tem certas peculiaridades que só podem ser apreendidas por meio da vivência; afinal, nosso papel é propiciar o bem estar ao ser humano através da criação e produção de bens materiais seja qual for a escala (rural, urbana, edifío ou objeto). Para tanto, é essencial que cada indivíduo saiba comunicar e não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e selecionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar as diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos fatos e informações.
      Ademais, a desmaterialização da aprendizagem só é condizente com o setor de serviços, que não atende à produção de bens materiais.
      Guardados os devidos méritos das tecnologias educacionais (tais como realidade aumentada, avatares, BIM, webseminários, etc, além das demais ferramentas/programas), sabe-se que corpo e mente só desmaterializam com a morte.

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      Infelizmente, alguns arquitetos consideram-se imunes às enormes transformações que ocorrem no mundo contemporâneo. Gostaria de ter esta certeza. As potentes tecnologias digitais ou não revolucionam todos os segmentos da sociedade atual do conhecimento e da informação que sucede a moribunda industrial. Novas profissões aparecem e muitas outras inadequadas ou inadaptadas aos novos tempos desaparecem. Justificar a não adoção do novo mundo sob a justificativa de que somos do anterior e que pretendemos deter o curso do novo não é capaz de sucesso. O mais adequado é procurar estudar, avaliar e propor soluções híbridas que conciliem o melhor de cada um dos mundos, de forma flexível, tecnológica e leve, como é o nosso tempo. O mero embate preconceituoso e a arrogância não trarão benefício algum e fechará aos arquitetos o direito de continuar a ter um lugar na história e no futuro.

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      Existem dois aspectos pouco compreendidos por uma grande parcela dos que estão e dos que deveriam estar envolvidos neste debate, que precisam ser entendidos se se pretende avançar nesta discussão.

      O primeiro aspecto a ser compreendido é a EaD no ensino de Arquitetura. A falta de entendimento sobre como seria possível o ensino efetivo e integral de Arquitetura através da EaD é a principal causa que leva muitos a crerem que existem problemas insolucionáveis ou soluções inconciliáveis neste debate. Assim como o apredizado de projeto Arquitetônico se dá através de anos de estudos e de prática, o entendimento do uso efetivo de EaD no ensino de Arquitetura também só se dará através de um processo que envolve o estudo adequado e a prática efetiva de EaD. Não deveria ser preciso dizer, entre profissionais de educação, que é preciso estudar e aprender antes de se praticar. EaD não é plug and play.

      É preciso deixar a paixão de lado para que possamos ver o problema pelo o que ele é ou não é de fato. Muitos apresentam uma uma visão preconceituosa, e extremamente preocupante, de que se é possível debater este assunto sem se dedicar a aprender de fato o que é possível ou não, no que se refere a EaD aplicada ao ensino de Arquitetura.

      Muitos defendem uma experiência de atelier presencial idealizada, e extremamente subjetiva, como se esta experiência fosse única, clara, aprovada e adotada por todos os cursos existentes no Brasil. Como se todos os 466 cursos presenciais ensinassem da mesma forma e se tivessem estrutura, carga horária e relação professor-aluno adequados. Está se defendendo algo que absolutamente não está sequer remotamente claro apenas pelo hábito de se defender algo que na verdade não está claro para muitos. Quantos professores de projeto ensinam da mesma forma, usando as mesmas técnicas, exercícios e experiências? Quantos métodos de projeto existem e são adotados por estas 466 escolas?

      Existe de fato algum entendimento coletivo sobre como é esta experiência de atelier, que não vá além do entendimento da necessária existência de um espaço físico com pranchetas ou mesas, professor(es) e alunos, e do tempo necessário para que se aprenda a projetar através de um processo de tentativa e erro no qual o profissional informa, sugere e corrige?
      Cabe lembrar que a experiência “clássica” de atelier visa acima de tudo a reprodução da experiência da prática profissional do escritório. Se no passado a presença física do mestre era necessária no atelier de Arquitetura, hoje o mesmo não é mais verdade. E já não tem sido verdade pelos últimos 10 anos ou um pouco mais.

      O segundo aspecto a ser compreendido é a mudança da profissão. Novamente alerto para o fato da mudança radical da prática profissional de Arquitetura no mundo, mudança esta que pouco afetou a forma como Arquitetos aprendem e praticam no Brasil. A discrepância entre o ensino de Arquitetura no Brasil e no exterior, entre outros fatores, limita a capacidade e a possibilidade de um profissional brasileiro trabalhar no exterior. A introdução do CAD/ CAAD nos escritórios e cursos de Arquitetura, entre 25 e 30 anos atrás, causou um grande impacto na época e gerou muitos debates sobre os efeitos potenciais do uso desta tecnologia no aprendizado e no processo de pensar. Eu comparo a reação negativa ao uso de EaD hoje as reações contra o uso de CAD/CAAD de 30 anos atrás. Quem falou contra era quem desconhecia o potencial das ferramentas e os desdobramentos Arquitetônicos que somente foram possíveis graças a estas novas ferramentas e novos métodos de se projetar.
      Novamente afirmo que EaD e a prática contemporânea de Arquietura caminham de mãos dadas e são inseparáveis.

      Se o problema no ataque ao uso de EaD no ensino de Arquitetura é de fato a perda de qualidade, e não a potencial perda de empregos para professsores de cursos presenciais, cabe um debate muito mais amplo do que este para se abra uma porta para o início do aprendizado em EaD por parte dos profissionais de ensino de Arquitetura. Cabe um congresso ou seminário, ou o que quer que seja necessário para que se torne o entendimento do que é EaD mais acessível e talvez mais aceitável.
      A decisão de se banir EaD é por demais perigosa para ser tomada sem se ter o conhecimento adequado do problema e da solução. EaD é inevitável e é melhor que os profissionais de ensino de Arquitetura possam ser capazes de debater o assunto em termos técnicos o mais rapidamente possível, se se pretende que tenhamos alguma influência neste processo de adoção de EaD em cursos de Arquitetura no Brasil.

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      Manifestação do CAU/BR
      sobre o Ensino a Distância em Arquitetura e Urbanismo:
      http://url.abea.org.br/20170220caubr_ead

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      Eu fiz 5 semestres de Arquitetura e Urbanismo anos atra e tranquei, trabalhei como desenhista e projetista por uns 25 anos, mas o projeto e autoria quem assinava tinha o diploma e nem sabia desenhar visitava, obras conversava com os mestres de obras, mas depois de um tempo fiz Edificações para tomar folego, me enturmar e depois voltar e terminar o curso de graduação, minha decepção foi que teria de recomeçar do zero, atualmente o que me interessa é o diploma, pois não exerço mais as funções citadas no começo, é frustrante vc ver pessoas que nem sabem ler um projeto ter o título e ir aprendendo na prática e sei que existem muitos casos como o meu, mas para quem nunca fez nada na área penso que precisa sim se graduar estudando com professores presenciais e praticar na Faculdade, também visitava obras e aprendia muita coisa!!

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      O arquiteto e urbanista já tem seu lugar assegurado na história!! ?Não podemos julgar a quem sequer conhecemos; menos ainda radicalizar. Nós, que atuamos na área profissional e também na acadêmica, não temos medo do “desemprego”, uma vez que o ensino não é, para nós, mercado de trabalho e sim o prazer de ensinar. Ademais, em nosso escritório de arquitetura e urbanismo, já utilizamos todas as possíveis ferramentas e recursos gráficos – que não devem se confundidos com o ensino. Atualmente, como os melhores escritório da área,trabalhamos com as modelagens BIM que agilizam sobremaneira os processos de desenvolvimento de projetos em quaisquer escalas e compatibilizações.
      Ainda, nas palavras de Saramago, se temos à nossa disposição 650 jornais de notícias por dia e, se lêssemos 10% deles, seríamos tidos como tolos. O que fazer com tanta informação? Tenho pena dos estudantes reféns de aulas formatadas…

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      Sou uma das pessoas que me interessei pelo curso de Arq e Urbanismo no modelo EAD ja que por motivos pessoais tive que trancar a faculdade de Design de Interiores e me mudar para o interior do Pará onde esses cursos citados so deverão chegar em meados de minha proxima existência carnal. Também tenho receios quanto a merodologia de ensino, mas, meus caros quem sabe futuros colegas de profissão, estamos falando em cursos semi presenciais (em tres faculdades de pesquisei assim que sao ofertados) e não 100% virtual. Logo, mediante dedicação minima de seu tempo para tais pesquisas, perceberão que a maior parte do curso, cerca de 53 a 58% será presencial e todas as instituições terão os laboratórios e vivencias “olho no olho” supra mencionados.
      Tenham uma boa vida amigos e não temam sombras. Abraço e se cuidem.

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      Só no Brasil para ter resistência ao ensino Ead, em países desenvolvidos a modalidade Ead supera a presencial. Acordem!

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      Eu fiz arquitetura presencial na Puc Goiás e precisei mudar de estado, na minha cidade só tem a opção de arquitetura Ead, e querem saber da real? Por aqui tem gente mais dedicada e interessada em ser um bom profissional do que lá, onde muitos são apenas filhinhos de papais que estão ali porque tinham que escolher algum curso e escolheu arquitetura. Não julguem sem ver o lado de cada um. Vale muito o esforço e desejo de conhecimento de cada um. As informações são as mesmas o que muda é só o calor humano. Isso faz falta sim. Há! E as amizades.

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      Tudo bla, bla, bla, de gente que vive atrás de prancheta ainda, usa lapiseira pentel, escalímetro, papel manteiga,e exige que faça “trabalho” à mão livre, mas na hora dos de entrega-los querem tudo em CAD ou REVIT, são uns símeos que não evoluem mesmo… Primatas, sem experiência na vida e querendo dar uma de “artistas” das construções. Ora, quem é “arquiteto” já nasce arquiteto, um pedaço de papel autorizando-o é formalidade social que se tem que engolir goela abaixo. Sim, dou aula de CAD e REVIT e toda essa formalidade para arquitetos e engenheiros e nunca pisei numa faculdade, faço TCC todo mês para vossos alunos “presenciais”… ou seja, vocês perdem tempo discutindo o indiscutível, vão ficar na agonia de barrar o futuro…que jeito? Acordem…

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      EXISTE MILHARES DE PROJETISTA DE CONSTRUÇÃO CIVIL E TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES COMO EU ,SUPER PREPARADOS PARA ESTE TIPO DE CURSO.

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      Olá, sou Engenheiro Civil e fiz um curso de estruturas on line e posteriormente o fiz presencial justamente por acreditar que teria um melhor aprendizado. puro engano! inclusive, toda a turma reclamou do curso presencial. Porem, posso comprovar que obtive um aprendizado muito superior com o curso on line devido à metodologia aplicada. contudo, não concordo com o curso totalmente ead, é necessário que se tenha encontros presenciais principalmente para as aulas práticas, isso é indispensável.

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      Pela maneira que escrevem parece até que em toda disciplina do curso de arquitetura e urbanismo regular (presencial) os alunos fazem maquetes ou utilizam materiais físicos e experimentais. Se tem texto, teoria, pesquisa, uma graduação semi-presencial já atende muito bem a quem não vive em cavernas.

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